Os pacientes que fazem tratamento contra o Linfoma de Hodgkin estão em uma situação crítica. Isso porque o medicamento Sulfato de Bleomicina, utilizado no protocolo ABVD, está indisponível no Brasil desde outubro de 2017 após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinar a suspensão da fabricação devido à inadequações no parque fabril do laboratório fabricante, fornecedor do medicamento para o país, localizado no México.
O único substituto disponível, Tevableo, era importado e distribuído pelo mesmo laboratório, ocasionando o desabastecimento completo do medicamento em pouco tempo e restringindo as opções terapêuticas para os pacientes.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a incidência da doença dobrou nos últimos anos. A cada ano são diagnosticados 10 mil novos casos no Brasil. Preocupada com a situação, a ABHH solicitou parecer técnico para todas as empresas envolvidas para esclarecer os fatos e atuar onde for necessário.