Importação da substância será descontinuada no Brasil a partir de março de 2017, o que preocupa hematologistas sobre procedimentos como TMO para mieloma
Representada por Angelo Maiolino, diretor de Defesa Profissional e coordenador do Comitê de Mieloma Múltiplo, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) participou de reunião com o Ministério da Saúde sobre a interrupção de importação do melfalano no Brasil, a partir de março de 2017.
O processo de desabastecimento foi iniciado e já existe uma falta em determinadas regiões, principalmente nos serviços públicos. A farmacêutica que importa e distribui o melfalano no Brasil vai descontinuar essa atividade no Brasil e informou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dentro do prazo estipulado pela Agência, que solicita que a descontinuação de importação ou fabricação de medicamentos no País seja informada entre seis meses e dois anos antes da interrupção.
“O Ministério da Saúde, que se mostrou preocupado com a situação, se dispôs a encontrar a solução que inclui estimular outra empresa que tenha o registro do medicamento, além de contar com o apoio da ABHH. Uma alternativa emergencial seria a importação a partir de março, para que esses pacientes possam fazer uso do medicamento utilizado via venosa, principalmente para TMO”, informa Maiolino.
O problema de desabastecimento do melfalano não é exclusivo do Brasil, diversos países estão enfrentando o problema pelo produto não ter apelo comercial. Em nosso País, a substância é dez vezes mais barata do que em outros países, o que não justifica para algumas empresas, vantagem econômica de comercialização.