O terceiro dia da 14ª Conferência Brasileira de Linfomas, o BLC 2024, abriu espaço na programação para debates relacionados ao Linfoma de Hodgkin, com os Drs. Paul Bröckelmann e Alisson Moskowitz, nas primeiras apresentações desta sexta. Durante a primeira sessão de perguntas e respostas desta sexta (26), a especialista Talita Silveira frisou: “Estamos caminhando para um momento de cura suficiente para pacientes de primeira linha.”
Recortando a análise para o cenário dos países latinoamericanos, o americano Luis Malpica Castillo exaltou que a colaboração entre grupos de estudos sobre linfomas organizados é fundamental para o avanço dos estudos clínicos na América Latina. Como exemplo, Malpica citou grupos que estudam os aspectos epidemiológicos dos linfomas na América Latina, especialmente observando as diversidades populacionais, como os povos afro-indígenas.
Mais tarde, em nova sessão de perguntas e respostas, o presidente do evento, Dr. Carlos Chiattone, demonstrou grande satisfação em ter um grupo de estudos latinomaericano sobre doenças linfoproliferativas. “Embora a América Latina seja muito heterogênea, do ponto de vista fenotípico e financeiro, muitos países conseguiram resolver os problemas locais de diagnóstico e tratamento de linfomas”, disse ao lado de Henry Idrobo-Quintero (COL), Thais Fischer e Malpica.
Acesso a novas terapias para doenças onco-hematológicas
Na última sessão desta sexta (26), o Diretor de Ações Sociais da ABHH, Dr. Jorge Vaz, fez um overview sobre a atuação da Associação no cenário de Acesso. “A inclusão do Blinatumumabe no sistema público é um marco desta jornada, bem como a consulta pública aberta no momento para incorporação do Ibrutinibe para LLC”, revelou ao celebrar ainda a chamada inédita para que a ABHH contribuísse com a elaboração do PCDT de Mieloma Múltiplo.
No debate após a apresentação do Diretor de Ações Sociais, o Dr. Carmino Antonio de Souza participou e acrescentou: “Os conceitos que a ABHH adotou no aspecto de acesso a novas tecnologias no sistema público refletem nosso papel que extrapola o científico-educacional, que é contribuir e protagonizar as tentativas de melhorar a vida do paciente e promover equidade”.
Dr. Jorge Vaz complementou que o trabalho colegiado entre a nova Diretoria de Ações Sociais em sinergia com os comitês técnicos apoia a jornada ABHH em identificar onde estão os maiores gaps, no que tange nossas “escolhas” entre apoiar incorporações entre o sistema público e o privado.
Ao final do debate e do dia, o presidente da ABHH, Dr. Angelo Maiolino, lembrou que a atuação política da Associação, atualmente, é uma vertente bastante importante. “Quando nos envolvemos com o debate político, também temos a oportunidade de opinar sobre as decisões orçamentárias e contribuir com a construção da Política Nacional de Controle e Combate do Câncer”, finalizou.