A Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos (CBHPM), da
Associação Médica Brasileira (AMB), aprovou diversas solicitações da Associação
Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) que tornam a
hemoterapia privada viável economicamente no Brasil para a prática com
qualidade, integralidade e universalidade que a especialidade exige.

Para José Francisco Comenalli Marques Junior, diretor de Defesa Profissional e membro do Comitê de
Hemoterapia da ABHH, foi uma aprovação da grande maioria das solicitações
da Associação para adequação da próxima versão da tabela CBHPM, sendo que
algumas já foram incorporadas na tabela já publicada na versão 2014.

“As alterações estarão na próxima versão da tabela de classificação com
foco na incongruência entre os valores dos procedimentos e o ressarcimento
por maior exigência da legislação (rastreabilidade, registros, cumprimentos
de normas etc), aumento progressivo dos custos de insumos, RH e etc,
correção de conceitos desatualizados ou técnicas modificadas após a
elaboração anterior, entre outras”, explica Marques.

A justificativa para alteração desses códigos é a evolução constante das áreas de hematologia e
hemoterapia, como toda a medicina. Nesse novo cenário, atualizar os
conhecimentos e condutas emanadas dessa evolução é um dever. “A
solicitação da ABHH é de preencher lacunas de procedimentos que não estão
inclusos na tabela atual e, em outras situações, visando o aumento da
qualidade da assistência hemoterápica, por implementar, incrementar e
incentivar a política restritiva de transfusões, prática que visa,
inclusive, a diminuição dos gastos por má indicação transfusional”,
reforça o hemoterapeuta.

Participaram ativamente da demanda, além de José Francisco Comenalli
Marques Junior, membros do Comitê de Hemoterapia da ABHH como Alfredo
Mendrone Jr, Antonio Fabron Jr, Dante Langhi Jr, Dimas Tadeu Covas, atual
presidente da entidade e coordenador do Comitê, Eugênia Amorim Ubiali,
Hélio Moraes de Souza e José Orlando Bordin.

A CBHPM é a classificação que resgata o direito de valorização do médico
junto a Agência Nacional de Direito da Saúde Suplementar e as operadoras de
planos de saúde. Antes de 2003, ano de publicação da primeira edição, as tabelas da AMB não contemplavam diversos aspectos relacionados aos custos operacionais dos procedimentos e não eram hierarquizadas, fazendo com que cada operadora possuísse tabela de códigos e procedimentos próprios de acordo com as demandas internas. Com a atual classificação, há um padrão sobre procedimentos dentro do setor, e está progressivamente sendo implementada na saúde suplementar brasileira.

*Saiba mais sobre a ABHH*

A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular
(ABHH) é uma associação privada para fins não econômicos, de caráter
científico, social e cultural. A instituição congrega médicos e demais
profissionais interessados na prática hematológica e hemoterápica de todo o
Brasil. Hoje, a instituição conta com mais de dois mil associados.