Após o primeiro dia de programação, o hematologista Dr. Carlos Chiattone, chair do BLC 2023 e Diretor na ABHH, ressaltou que “estamos vivendo um mundo muito rápido no aparecimento de novas terapias, particularmente as terapias inteligentes, com moléculas que vão direto ao ponto defeituoso da célula cancerosa”. Além disso, no que tange a discussão do BLC 2023 na prática, os destaques ficam para os tratamentos de natureza imunológica, particularmente tipos especiais de transplante de medula óssea, terapia com CAR-T Cell e a grande novidade que vem crescendo é a possibilidade da imunoterapia com anticorpos biespecíficos. “Esse tipo de terapia, além de agredir as células doentes, como são biespecíficos, ligam-se às células de defesa do organismo e vão diretamente até as células doentes”, explica.
Outro aspecto interessante apontado pelo chair do evento é quanto ao entendimento epidemiológico das doenças mieloproliferativas, uma vez que em países com menos recursos como os da América Latina, que por diversos fatores esses dados são diferentes do primeiro mundo.
Sobre como tornar possíveis as discussões acerca das tecnologias inovadoras sendo aplicadas na região, essencialmente na esfera da saúde pública, Chiattone é categórico. “São muitos fatores que têm sido estudados, com o debate de Equidade, a meu ver, a forma mais rápida de conseguir possibilitar acesso universal, é trazendo um número maior de estudos clínicos para o Brasil, pois estamos falando mais do que disponibilizar medicamentos, de criar as oportunidades reais”.