A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) emitiu neste mês de junho parecer favorável pela incorporação de lenalidomida em combinação com rituximabe para o tratamento de pacientes com linfoma folicular previamente tratados no Brasil.
A demanda foi analisada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS) após atualização das Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Linfoma Folicular do Ministério da Saúde.
A lenalidomida é um medicamento oral que atua no sistema de defesa do corpo. Como as células do linfoma folicular produzem uma falha no sistema de defesa que prejudica o controle do câncer, a lenalidomida demonstrou reverter essa falha por meio do bloqueio da formação de novos vasos sanguíneos. Desse modo, o medicamento afeta o crescimento e a disseminação de células cancerígenas.
Já o medicamento antineoplásico rituximabe, com registro válido na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é apresentado em solução para aplicação na veia em casos de pacientes adultos com linfoma não Hodgkin de células B, baixo grau ou folicular, CD20 positivo, recidivado ou resistente à quimioterapia; linfoma não Hodgkin de células B, folicular, CD20 positivo, não tratados previamente, em combinação com quimioterapia e linfoma folicular, como tratamento de manutenção, após resposta à terapia de indução.
Em abril deste ano, a Conitec abriu consulta pública sobre a incorporação de lenalidomida em combinação com rituximabe para o tratamento de pacientes com linfoma folicular previamente tratados. A ABHH participou ativamente do processo estimulando a participação dos profissionais e da população em geral na consulta pública, bem como apresentando a sua própria manifestação na forma de um parecer técnico.
Linfoma folicular – é um tipo de câncer no sangue que surge e se dissemina a partir do sistema linfático, representando em torno de 20% dos linfomas de células B. O linfoma folicular atinge mais pacientes idosos e se caracteriza por proliferar com menor rapidez que outros linfomas, respondendo bem ao tratamento, embora dificilmente seja curado. Portanto, a incorporação do lenalidomida em combinação com rituximabe para o tratamento de pacientes com linfoma folicular previamente tratados será uma grande conquista.