A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) abriu recentemente uma consulta pública para avaliar a incorporação dos exames de FISH, RT-PCR qualitativo e quantitativo para o monitoramento do tratamento da leucemia mieloide crônica (LMC). O exame de RT-PCR qualitativo é fundamental ao diagnóstico, para se avaliar o tipo de transcrito BCR-ABL que o paciente possui. Este será monitorado posteriormente através do RT-PCR quantitativo (RQ-PCR).
A European Leukemia Net (ELN), o NCCN e as diretrizes brasileiras (PCDT) recomendam o teste de RQ-PCR a cada 3 meses até obtenção de resposta molecular maior confirmada e posteriormente a cada 3-6 meses enquanto o paciente estiver mantendo essa resposta. O exame
é importante para avaliar precocemente falha de tratamento, o que determinaria mudanças terapêuticas. No cenário atual do tratamento da LMC, permite também detectar os casos com resposta molecular profunda (RM4.5) sustentada que seriam candidato a suspender o tratamento. Estes casos devem ser monitorados rigorosamente após a suspensão. O exame de FISH por sua vez tem sua importância quando não há metáfases suficientes para serem analisadas no cariótipo convencional e quando se suspeita de algum transcrito BCR-ABL
atípico.
A posição do Comitê de LMC da ABHH é de apoio à incorporação destes exames, pois contribuirão para o monitoramento adequado da LMC no Brasil. A consulta pública está aberta até dia 12/08/2019 com o seguinte nome: Consulta pública nº 38: Reação em cadeia da polimerase – transcriptase reversa (RT-PCR) qualitativa e quantitativa (RT-qPCR) e Hibridização in situ (ISH) para o diagnóstico e monitoramento da Leucemia Mieloide Crônica (LMC) e da Leucemia Linfoblástica Aguda cromossoma
Philadelphia positivo (LLA Ph+).
Todos os setores da sociedade podem contribuir no apoio acessando o seguinte link: http://conitec.gov.br/consultas-publicas.
Comitê de LMC da ABHH