No último dia 16, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou as dez prioridades para a área da saúde em 2019. Ligada à Organização das Nações Unidas, a OMS pretende ampliar o acesso a saúde para 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Entre as metas, está a diminuição do número de pessoas infectadas pelo HIV e controle de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Segundo a organização, cerca de 37 milhões de pessoas no mundo convivem com a DCNT, levanto à morte quase 1 milhão de pacientes.
A pedido do Ministério da Saúde, especialistas da Universidade Federal do Ceará realizaram uma pesquisa em 2018 com 4.176 mil homens, dos quais 3.958 realizaram o teste para identificar a doença. Neste grupo, 18,4% apresentaram sorologia positiva, ante 12,1% em 2009. A incidência do vírus aumento nas 12 capitais pesquisadas.
Entre as possíveis causas para o aumento da doença, está o aumento do número de parceiros, redução do uso da camisinha e falta de campanhas preventivas contra o HIV. Além disso, os jovens iniciam a vida sexual sem que haja a devida orientação sobre a Aids e seus efeitos, apontou em 2018 a coordenadora do estudo, Lígia Kerr.
Segundo o Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2018 do Ministério da Saúde, foram 42.420 novos casos de HIV e 37.791 casos de AIDS em 2017. É o menor número desde 2006, quando foram 37.208 casos de AIDS em todo o país. Ainda segundo o Ministério da Saúde, quase um milhão de pessoas foram diagnosticadas com AIDS entre 1980 e junho de 2018.