Novamente em um trabalho conjunto entre o Comitê Científico de Mieloma e o de Acesso, a ABHH deu um importante passo esta semana pela incorporação do medicamento Bortezomibe no sistema público de Saúde. Dando início ao processo, foram protocolados pelo diretor Jorge Vaz três pedidos à Conitec para uso em primeira linha, sendo para pacientes elegíveis a transplante, pacientes não-elegíveis e para os que sofreram recidiva. A incorporação, que depende ainda de avaliação pelo plenário da Comissão e Consulta Pública, beneficiará milhares de pacientes. “Este é um medicamento consagrado há mais de dez anos e é imprescindível que esteja disponível no SUS”, explica o Dr. Angelo Maiolino, coordenador do Comitê de Acesso a Medicamentos da ABHH e diretor da Associação. “Atualmente não há tratamento de mieloma múltiplo sem Bortezomibe”, completa ao dizer ainda estar bastante confiante quanto à aprovação da incorporação, uma vez que há mais de um ano, em um trabalho integrado, a ABHH prepara um dossiê detalhado sobre a eficácia da droga bem como estudos farmacoeconômicos bastante consistentes. Maiolino destaca ainda estar bastante satisfeito com mais esse passo, pois entende que desta forma a ABHH está desempenhando um papel determinante enquanto sociedade científica. “Com muito profissionalismo e seriedade a ABHH tem elaborado guidelines, expondo evidências científicas, atuando junto às instâncias governamentais para aprovação e acesso aos medicamentos”, diz. A expectativa é que dentro de, no máximo seis meses, todo o processo tenha sido concluído e, finalmente, o medicamento estar disponível aos pacientes que dependem do SUS.