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O tema Dê a vida de presente: doe sangue, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Dia Mundial do Doador de Sangue (14/06), inspirou a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular a adotar a campanha mundial para celebrar a data no Brasil.

Por meio da premissa de que a doação de sangue é um presente que salva vidas, a ABHH busca promover a doação de sangue totalmente voluntária e não remunerada, agradecer os doadores voluntários e chamar a atenção para a importância da segurança transfusional e da autossuficiência sanguínea 100% baseada em doação totalmente voluntária e não remunerada.

Anualmente, 92 milhões de unidades de sangue são coletadas em todo o mundo, sendo metade desse total em países de alta renda que abrigam apenas 15% da população mundial. Muitos pacientes que necessitam de transfusão, particularmente nos países em desenvolvimento, não têm acesso oportuno a sangue seguro. Em países de baixa e média renda, a maior parcela do sangue doado é usada para tratar complicações relacionadas à gravidez e anemia severa na infância. Já nos países de alta renda, a transfusão é mais comumente utilizada em emergências, transplantes e outras cirurgias. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a doação voluntária e não remunerada é a pedra angular de um suprimento de sangue seguro e suficiente.

A expectativa da OMS é de que todos os países tenham 100% do abastecimento sanguíneo baseado em doações voluntárias e não remuneradas até 2020. Atualmente, apenas 62 países possuem estoques de sangue 100% baseados em doações voluntárias e não remuneradas.

Teste NAT

Na luta pela obrigatoriedade do NAT há mais de dez anos, a ABHH reiterou sua preocupação com a segurança transfusional brasileira em segundo ofício encaminhado ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no final do mês de fevereiro desse ano.

O envio do documento foi motivado pelas argumentações emitidas pela Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde no Ofício 17/GM/MS, em retorno às sugestões que a ABHH enviou ao órgão em dezembro de 2012, sobre a realização do teste NAT para os vírus HIV e hepatites B e C. A Associação acredita que as argumentações da CGSH, emitidas em resposta às sugestões, são justificativas insuficientes.

O diretor-administrativo da ABHH, Dante Langhi Jr., lamenta que o Ministério da Saúde continue com uma posição indefinida, apesar de toda a preocupação manifestada publicamente pela ABHH e a afirmação de que a segurança transfusional está comprometida por conta da não realização dos testes. Mantenha-se informado sobre os desdobramentos da implantação da obrigatoriedade do NAT no País, acompanhando o portal e redes sociais da ABHH.