Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) orienta que para doação de sangue, o voluntário deve estar em boas condições de saúde e aguardar sete dias do desaparecimento de sintomas desses vírus para o ato
A doação de sangue deve ser um ato altruísta. Qualquer pessoa que se candidate a realizar doação de sangue deve estar em boas condições de saúde. Nas estações de outono e inverno, quando há um aumento nos casos de gripes e resfriados, deve-se aguardar sete dias do desaparecimento dos sintomas para realizar a doação, caso não haja febre. Essas são as orientações de Junia Guimarães Mourão Cioffi, diretora de comunicação da ABHH.
“Quando o doador apresentar sinais de gripe, mas com picos de temperatura superiores a 38,0°C, deve aguardar 15 dias após término completo dos sintomas para efetuar a doação. Se apresentar um quadro com complicações deverá aguardar tempos superiores, que serão diversos, de acordo com as complicações apresentadas, e orientação do médico assistente”, explica Junia, que é hematologista.
A pessoa que se voluntaria a doar sangue se submete a testes realizados para triagem do material coletado para possível detecção das seguintes doenças: HIV, Hepatites B e C, Sífilis e Doença de Chagas. “No sangue doado não são realizados testes de triagem para o vírus H1N1, daí a importância do candidato informa ao profissional triagista se estiver com algum sintoma, mesmo que ele considere ser uma coisa muito simples, além de sempre dizer a verdade. Caso ele sinta algum sintoma após a doação, é importante que entre em contato com o Serviço de Hemoterapia do banco de sangue”, informa a médica que também é presidente da Fundação Hemominas.
Em todos os serviços de captação de sangue, seja em hemocentros ou hospitais, os profissionais são treinados e qualificados para fazer perguntas direcionadas para doenças transmissíveis pelo sangue, incluindo a gripe por H1N1, e em épocas de epidemia, orientam os doadores que possam estar com algum sintoma a não realizarem a doação.
O Brasil é um País que tem estatística de doação inferior à proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual cita que a autossuficiência em componentes sanguíneos deve ser conseguida quando o número de doações de sangue for de 3 a 5% da população. No Brasil, chega a quase 2% para atender a toda a demanda transfusional. A doação de sangue ocorre de forma rápida e pode ser realizada até quatro vezes ao ano no caso dos homens e até três para as mulheres.