Homenagens, prêmios e o discurso do presidente da ABHH foram destaque

A cerimônia de abertura do Hemo 2015 foi marcada por números e palavras. Primeiro, o presidente do Hemo 2015, Carmino Antonio de Souza ressaltou o número de inscritos no congresso – que àquela altura já passava dos 4.600 pessoas – e também aos demais números substâncias do encontro que comprovaram a pujança e a evolução científica da hematologia, hemoterapia e terapia celular brasileiras.
Foram 1.156 trabalhos aprovados, 75 apresentações orais, 1076 pôsteres, 410 convidados (60 deles internacionais) e 120 expositores. “Agradeço a presença de todos a esse congresso, em especial aos diretores, colaboradores e membros das Comissões que foram decisivos na organização e na formulação da programação científica e educacional”, comentou o presidente do Hemo 2015. Ele lembrou anda que esse ano marcaria os 65 anos da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (SBHH) e os 50 anos do Colégio Brasileira de Hematologia (CBH), entidades que se fundiram em 2008 para dar vida à ABHH.

Homenagens
A noite também foi marcada pelas homenagens a importantes figuras da história da especialidade no País. João Pedro Marques Pereira, Irene Lorand Metze, Luiz Gonzaga Tone ouviram suas histórias e momentos marcantes registrados, respectivamente, pelos colegas: Tor Gunnar Onsten, Carmino Antonio de Souza e Carlos Alberto Scrideli.
Na sequência, Biotec Processamento do Sangue, Fundação Hemosc, Hemominas, Hemopa e Fundação Pró-sangue receberam placas em referência à Acreditação no Programa da AABB/ABHH.
O editor-chefe da Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Fernando Ferreira Costa falou sobre o contínuo processo de evolução da publicação e, consequentemente, da especialidade. Ele agradeceu a diretoria da ABHH e aos editores-associados da publicação. Logo depois, em reconhecimento à dedicação e ao tempo dedicado a revisão dos artigos submetidos, a ABHH entregou um diploma aos 12 profissionais que mais fizeram revisões para a revista em 2014/2015. Confira a seguir a lista: Belinda Pinto Simões, Kleber Yotsumoto Fertrin, Antonio Fabron Jr., Maria de Lourdes L. Ferrari Chauffaille, Fabíola Traina, Katia Borgia Barbosa Pagnano, Nelson Hammerschlak, Maria Stella Figueiredo, Helio Moraes de Souza, Erich Vinicius de Paula, Bruno Kosa Lino e Vagner Castro.
O título desse texto fala sobre palavras, palavras que também marcaram a cerimônia de abertura do Hemo 2015. As palavras finais ficaram a cargo do importante pronunciamento feito pelo presidente da ABHH, Dimas Tadeu Covas. Ele agradeceu aos presentes, à organização e aos participantes do encontro e lembrou o momento atual vivido pela sociedade brasileira. “Vivemos tempos difíceis. Atravessamos talvez a pior crise de nossa história enquanto país independente: uma crise que não é apenas política, mas muito mais profunda, que envolve aspectos econômicos e até, por que não dizer, civilizatórios. Uma crise que nos atinge como cidadãos, pais, professores e pesquisadores, mas principalmente como médicos, profissionais preparados para lidar com a dor, com o sofrimento, com a doença do ser humano. A área da saúde, principalmente o sistema público de saúde, certamente é um dos setores mais afetados pela crise atual. Os recursos, que já não eram abundantes antes da crise, agora se tornam escassos diante na nova realidade econômica do País (…) Nosso país está doente, acometido por esse câncer maligno que não pode ser tratado com medidas paliativas. A situação é grave e precisamos de intervenção radical, precisamos do bisturi da moral, do bisturi da decência e temos competência para manusear esses instrumentos.” Clique aqui e acesse a íntegra do artigo.

Mesa Diretora
Confira a seguir a mesa-diretora da seção de abertura: Dimas Tadeu Covas, Presidente da ABHH; Carmino Antonio de Souza, presidente do Hemo 2015; Fernando Ferreira Costa, Editor Chefe da RBHH; Naynesh Kamani, vice-presidente da AABB; Hélio Moraes de Souza, presidente do Hemo 2016; João Paulo Baccara, coordenador de Sangue e Hemoderivados, representante do Ministério da Saúde; José Luiz Bonamigo Filho, primeiro tesoureiro da AMB; Luiz Henrique Mascarenhas Moreira, coordenador da Câmara Técnica de Hematologia do CFM; Marco Antonio Zago, reitor da USP; Marco Aurélio Ubiali, representando o Vice-Governador de São Paulo, Márcio França e Fabrício carneiro de Oliveira, gerente de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos (GSTCO) representando a Anvisa.