A conferência magna da edição de 2015 do Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (HEMO), promovido pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), que será realizado entre os dias 19 e 22 de novembro, no Expo Transamérica, em São Paulo, irá abordar os Prós e Contras da Medicina Personalizada, com foco em pacientes com doenças hematológicas.
O tema apresentado pelo italiano Giorgio Inghirami, professor de patologia e medicina de laboratório da Weill Cornell Medical College, localizado em Nova York, Estados Unidos, que falará como obter o melhor uso das plataformas biológicas e moleculares ao oferecer novas estratégias para pacientes com doenças hematológicas.
A conferência será realizada dia 21 de novembro, a partir das 11h30. “A discussão desse tema no HEMO é relevante por incentivar o diálogo entre hematologistas de diferentes países com o objetivo final de compartilhar uma prática comum e melhorar globalmente para o tratamento do câncer.
Eu acredito que os tratamentos mais objetivos e adaptados devem melhorar as respostas clínicas e podem permitir a execução de efeitos colaterais menos tóxicos, o que proporciona respostas clínicas melhores”, ressalta Inghirami que também atua no NewYork-Presbyterian Hospital.
As terapias seletivas/personalizadas são esperadas para melhorar o cumprimento clínico e proporcionar benefícios mais sustentáveis em pacientes com doenças de riscos baixo e intermediário. A modalidade ainda é muito imprevisível em pacientes portadores de distúrbios altamente agressivos, mas eles também podem se beneficiar com as terapias personalizadas.
O especialista aponta que deve ser buscado um equilíbrio entre os benefícios hipotéticos comprovados e o alto custo de administração que devem ser cuidadosamente avaliados. Por último, a incidência e o risco de processos de resistência devem ser determinados e cuidadosamente ponderados com o custo de exercício. “Atualmente existem terapias múltiplas, quer em ensaios clínicos ou que já foram aprovados, que tendem a impactar objetivamente na melhoraria dos resultados clínicos (ou seja, prolongar a sobrevida livre de progressão).
A expectativa para o futuro é combinar esses regimentos com tratamentos mais convencionais e terapias para chegar a uma vida livre de quimioterapia em casos selecionados”, explica o pesquisador que atua no campo da biologia molecular nos últimos 20 anos. Ao avaliar o melhor uso entre plataformas biológicas e moleculares, Inghirami indica que ambas são essenciais para definir e executar protocolos personalizados e acredita que as combinações de ambas as leituras com a execução de testes funcionais podem mudar o curso de muitas doenças hematológicas.