Hoje, 30, aconteceram as Provas de Título em Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea Adulto e Pediátrico. Os exames, que antecedem a edição de 2018 do HEMO, foram realizados no Transamerica Expo Center, em São Paulo.
Ao todo 200 médicos participaram dos testes teóricos, práticos e entrevistas. Segundo o Dr. Rodrigo Calado, integrante do Comitê para Avaliação dos Programas de Residência Médica no Brasil, a média histórica de aprovação é em torno de 66%.
O farmacêutico Marcos Antônio Martins da Silva veio de Fortaleza para realizar a prova em hemostasia e participar do HEMO 2018. Para ele, que atua no Hemocentro da capital cearense, o título é o reconhecimento da atuação diária. “Embora estejamos atuando na área e pós-graduado, o título agrega valor ao serviço que prestamos e para nós”, diz o especialista que enfrentou cerca de 3h30 de voo.
Pensamento similar ao do especialista do Hospital das Clínicas de São Paulo, Dr. Madson Côrrea de Farias. Formado em residência de hematologia e hemoterapia em fevereiro de 2017 e realizando a prova pela primeira vez, o médico considera o teste amplo e importante na valorização da especialidade. “É uma prova bem feita e ampla. Acho que isso é bom como atualização porque serve como estímulo para estudar e, eu como apoiador das sociedades médicas e dos títulos de especialista, acho que mesmo quem possui residência deve fazer a prova. Isso ajuda as entidades e agrega o meu currículo”, conta.
As provas de fato foram pensadas para abordar um vasto repertório da hematologia, hemoterapia e transplante de medula óssea, explica o Dr. Calado. O objetivo é que este seja um teste abrangente para explorar os conhecimentos dos participantes.
O integrante do Comitê para Avaliação dos Programas de Residência Médica no Brasil diz também que as provas passaram por uma reformulação há dois anos, quando foi criado um grupo treinado e capacitado para a elaboração das questões após um rigoroso treinamento psicotécnico, teórica e de habilidades. Atualmente as provas são elaboradas de acordo com a teoria de resposta ao item, sistema utilizado na prova do ENEM.
“Nós também fazemos uma avaliação das questões que tiveram boa qualidade e das que não. Com isso damos um retorno aos elaboradores para que aprimorem as questões para os próximos anos”, diz o Dr. Rodrigo Calado.
O presidente da ABHH, Dr. Dante Langhi Júnior, ressaltou a importância dessas mudanças. “As provas foram remodeladas com critérios mais técnicos em sua elaboração do que antigamente. A qualidade da prova melhorou muito”, finaliza.