Segundo dia da programação Hemo apresenta o Fórum de Acesso e Equidade na Saúde

Programação do HEMO 2023 traz os últimos avanços da ciência contra diversos tipos de câncer hematológico enquanto discute as dificuldades de acesso da população a tratamentos no SUS e na saúde suplementar.

Entre o desenvolvimento de um novo medicamento contra o câncer e sua oferta ao paciente há uma longa jornada que não acompanha a velocidade com que a ciência avança. Esse descompasso é uma das principais questões tratadas na edição deste ano do Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, o HEMO 2023, que ocorre desde a última quarta-feira (25), no Transamerica Expo Center, na capital paulista. Em paralelo à programação científica, que traz inovações como o uso de células do sistema imunológico do próprio paciente, reprogramadas em laboratório, para combater o câncer, especialistas promovem o Fórum Acesso e Equidade na Saúde, discutindo os desafios em se fazer com que tais avanços sejam ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos. “O equilíbrio entre a garantia de acesso a tratamentos oncológicos e a sustentabilidade dos sistemas de saúde é um desafio global, e isso se agrava na realidade brasileira”, conta Dr. Renato Sampaio Tavares, diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), organizadora do HEMO. Para ele, “é preciso intensificar o diálogo entre o poder público, a sociedade e a ciência para diminuir a distância entre os avanços científicos e a população brasileira”.

Com esse propósito, o HEMO 2023 reúne, ao longo dos seus quatro dias de programação, representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), de instituições de pesquisa e ensino do Brasil e de diversos países, da comunidade médica e de associações de paciente. “A avaliação econômica em saúde e o limiar de custo efetividade são ferramentas essenciais nesse processo, mas sua aplicação deve ser cuidadosa, transparente e considerar os valores e prioridades da sociedade”, enfatiza Helaine Capucho, professora do Departamento de Farmácia da Universidade de Brasília (UnB) e membro do Comitê Executivo – Capítulo LATAM da Sociedade Internacional de Farmacovigilância. As discussões do Fórum Acesso e Equidade na Saúde do HEMO 2023 seguem até o fim do dia, e a programação científica do HEMO até sábado (28).